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quinta-feira, dezembro 02, 2004

Em português

Em Agosto alguém me disse que “não sei quê” se escrevia “não sei como”, porque já nada era como antes à conta do acordo ortográfico. E eu, que mal me lembro do que aprendi em português e já pouco sei das regras gramaticais, fiquei aterrada a pensar que andava a escrever mal – ou pior – de há uns tempos para cá, porque nem sabia que tinha sido implementado o acordo ortográfico e menos ainda, portanto, quais as alterações que tinha introduzido. Claro que não me conformei com a informação e respondi que não era nada assim, que o dito acordo ainda estava na gaveta e que nada tinha sido alterado na nossa linguinha tão difícil de falar e de escrever. Garantiu-me o interlocutor – homem da comunicação – que quem estava enganada era eu, que sim, já estava a vigorar a nova forma de escrever, e que até o dicionário do computador dele já corrigia os erros em conformidade com as novas regras. Pois o meu não sei, respondi eu, que as alterações que me lembro de ter ouvido falar eram que cágado passaria a escrever-se cagado e facto passaria a fato. E como qualquer uma destas quatro palavras existe com quatro significados diferentes o corrector do computador nunca as sublinhava a encarnado e aceitava tudo o que eu dizia.
Não me é possível até hoje saber se o acordo ortográfico já anda por aí e o que tenho escrito mal.
E depois pensei, “espera lá, é isso mesmo!” por isso é que se escreve “afim” em vez de “a fim” querendo significar a mesma coisa; por isso é que se escreve e diz “elencar” a torto e a direito que é verbo que nunca tinha existido; por isso é que se acentuam – com acento agudo, note-se – os advérbios de modo e por isso é que há tantas pessoas que escrevem coisas que não entendo quer pela forma quer pelo conteúdo. Afinal devo andar mesmo enganada com o português e as palavras que se dizem e escrevem já não são as mesmas.