Chamar os bois pelos nomes
Ao telefone:
S: A M. esteve lá a casa ontem. Telefonou-me antes a saber se eu podia ficar com o hamster durante uma semana porque vai de férias e foi lá deixá-lo.
S: A M. esteve lá a casa ontem. Telefonou-me antes a saber se eu podia ficar com o hamster durante uma semana porque vai de férias e foi lá deixá-lo.
F: E como é o bicho?
S: Enorme! Muito maior que os meus, maior ainda que a tua. É cinzento e de rabo comprido.
F: Tens a certeza que é mesmo um hamster? Pela descrição parece uma ratazana de esgoto!
S: Ai, não me digas isso que eu morro de medo.
F: Espera lá pode ser uma chinchila, faz uma busca no google e vê fotografias. Tem o rabo parecido com o dos esquilos?
S: Não! É mesmo uma cauda comprida e sem pelos. Eu já devia ter percebido! Afinal hoje em dia o bicho mais nojento à venda numa loja de animais é sempre um pet, seja um carrocho querido ou uma ratazana de esgoto. E a M. gosta de tudo o que é bicho e nenhum lhe causa nojo ou medo... Ai o que faço agora? Estou cheia de medo! E se o rato sai da casota durante a noite?...
O resto da tarde foi telefonema para cá, telefonema para lá, a tentar descobrir se era hamster, chinchila, ratazana ou outro bicho qualquer. A confusão foi tal que até foi consultado um biólogo para esclarecer a raça do animal. A dona do bicho veio a saber da confusão e à pergunta "afinal que bicho é aquele, é mesmo uma ratazana?" apenas respondeu com uma sonora gargalhada.
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