<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar/8777530?origin\x3dhttp://formiga-rabiga.blogspot.com', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

terça-feira, dezembro 07, 2004

Bom dia princesa!

É este o cumprimento que recebo quando chego ao trabalho. Nada de muito estranho, não fosse soado por uma voz feminina que há muito ultrapassou a combinação idade/anos de desconto para segurança social, devendo por isso estar em casa a receber a almejada reforma mas que, apesar de quase desprovida de estrogeneos, nunca perdeu os sintomas da menopausa e apenas se mantém no posto de trabalho para infernizar a vida alheia, alimento desta vampira que me trata por e como princesa.
Tal é a estranheza causada por tanta simpatia e aparente amizade que me tem, que suscita a surpresa e gozo dos colegas que trabalham comigo.
A agravar a coisa sou ainda alvo incondicional da admiração de dois velhotes reformados lá do sítio, visitas regulares do antigo emprego, e que sempre têm a especial atenção de fazer uma visita ao meu gabinete para dois dedos de conversa fiada, a que dou um troco de fazer inveja a qualquer político, não vá a minha indiferença provocar a revolta dos velhos, já que mesmo quem lhes dedica alguma afabilidade leva em reposta o desdém. Um deles, em vez do golf como seria mais próprio, tem por hobby espiolhar – com intenção de encontrar defeito e tanto procura que encontra – o trabalho de quem ali está todos os dias a puxar pela cabeça, aproveitando ainda para investigar a arrumação e organização das secretárias e mesas de apoio, suscitando assim ódios variados.
Porque será que desperto a simpatia destas pessoas de que quase ninguém gosta e que não gostam de quase ninguém? Será que se revêem em mim e um dia também eu vou ficar assim? Ai que medo me dá!