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sexta-feira, janeiro 21, 2005

Vida nos limites da imaginação ou estranha forma de vida

Com a notícia de que a música rock chegou a Titan levada pela sonda Huygens para ser escutada por eventuais extraterrestres que assim passam a conhecer um fragmento da nossa cultura, veio-me uma vez mais a ideia que a imaginação do Homem tem limites muitos curtos ou a minha vai muito além do razoável, lado a lado com uma ignorância ilimitada.
Isto porque sempre que imagino um ser extraterrestre não passa por um andróide verde, com olhos, nariz, língua numa boca e membros superiores e inferiores. Nem sequer consigo imaginar o corpo ou qualquer realidade física com cinco sentidos iguaizinhos aos nossos. Porque é que têm de ter visão, audição, tacto, olfacto e paladar? E ao levar-lhes música estamos a presumir que vêem o CD, têm uma Hi-Fi lá em casa e uma audição que lhes permite ouvir os nossos decibéis. Mesmo antes das características físicas dos ET’s interrogo-me porque é que apenas se coloca seriamente a questão da vida em planetas onde exista água. Para nós é fundamental mas para estranhas formas de vida sê-lo-á também?
Li que a probabilidade de um planeta habitado se situar a menos de 200 anos-luz da Terra é muito pequena, o que significa que se os estranhos seres nos estivessem a observar não nos veriam nos dias de hoje mas sim há duzentos anos atrás. Tudo por causa da velocidade da luz. E porque é que nós achamos que eles não têm tecnologia que lhes permita viajar mais rápido do que a luz?
E para que estou eu preocupada com estas coisas se me fascinam mas não as consigo entender?!
Por último aqui está o que nós pretendemos que certos ET's ouçam um destes dias.