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segunda-feira, novembro 21, 2005

Só para o meu amor é sempre Maio *

A primeira vez que li um livro de cartas pessoais, íntimas, de namoro, de amor, foi em 1999 e chama-se exactamente o título deste post: "Só para o meu amor é sempre Maio, cartas do Verão de 1943". São trocadas no início do namoro entre António José Saraiva e Maria Isabel Saraiva. Lindas, cheias de romance, amor e humor. Ficou-me daí a paixão pelos livros de cartas e não tenho sabido de muitas outras publicações do género.
Já antes tinha lido correspondência política, mas essa, de que também gosto, é uma leitura diferente.
Agora "caíram-me" nas mãos - oferecidas por outras mãos - estas Cartas de Guerra e sabe bem ler cartas bem escritas, uma forma diferente de literatura. Pena que sejam apenas as enviadas pelo marido à mulher e não as respostas desta que, consta-me, ter sido uma mulher fantástica e inteligente que a morte levou antes do tempo. Nelas não é comentada a guerra nem julgadas as suas motivações, mas sim as condições em que o autor a viveu. Os locais, as angústias, o sentir, o dia-a-dia de um médico oficial na guerra de Angola. E o amor que deixou na Metrópole, a mulher com quem casou em 8 de Agosto de 1970, que engravidou logo em seguida, que deixou em Janeiro de 1971 para uma comissão de dois anos.
As declarações de amor são lindas, embora iguais a todas as outras de quem ama. Quase todas começam por "minha querida jóia", "meu amor querido" e acabam de uma forma que gosto tanto: "fazes-me tanta falta", "gosto tudo de ti meu único e grande amor", "eu gosto sempre tudo de ti, até ao fim do mundo", "GTS", "a partir de 1973 ninguém mais nos poderá separar".
Pena que tanto amor não tenha sido suficiente para os manter juntos até ao fim, antes disso acabaram mesmo por se separar.

* Camões