Alegria inesperada
Há períodos em que a rotina se instala e os dias sucedem-se iguais: casa-trabalho-casa. De repente, sem motivo e de forma inesperada a agenda enche-se sem que sequer haja tempo de anotar os compromissos. Tem sido assim de há uns dias para cá! Sem deixar de cumprir aquela parte "casa-trabalho-casa", as noites têm-se prolongado em jantares, encontros simpáticos, corridas aos presentes de natal, mãe para a frente, mãe para trás... as horas do dia parecem não chegar para tanto afazer.
Alguns momentos não planeados acabam por ser surpreendentemente agradáveis. Sexta-feira, um jantar em casa de uma amiga, foi dos momentos mais divertidos dos últimos tempos. Sem exagero diria mesmo que foram as horas mais divertidas de 2004.
Tudo começou com um telefonema do Z.: - hoje o que me apetecia mesmo era ir jantar a casa da C.! - Então telefona-lhe e diz-lhe isso. Com ela não fazemos cerimónia.
Daí a minutos estava tudo combinado. Éramos dez adultos e algumas crianças.
Todos contribuíram para meia dúzia de frangos assados, batatas fritas de pacote, queijos deliciosos, pasta de fígado, um vinho tinto excelente, uma tarte de maçã comprada à pressa e uma boa disposição geral de fazer inveja e perturbar a vizinhança. Conversas cruzadas e atropeladas em que sexo e drogas pesadas - que as leves pareceiam não ter interesse nenhum - foram o tema principal, deram pano-para-mangas e sobras para o resto da fatiota. As gargalhadas foram tantas que meia hora depois, quando entrei em casa, ainda sorria que não havia meio de descontrair os músculos da cara.
Há destes momentos inesperados que tornam mais alegres os dias e mais fortes os laços. Afinal parece que não somos um grupo de amigos mas sim uma seita.
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