<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8777530\x26blogName\x3dFormiga+Rabiga\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dSILVER\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://formiga-rabiga.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://formiga-rabiga.blogspot.com/\x26vt\x3d-2308481633797997746', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>

quinta-feira, março 10, 2005

Conversas de metro

Entrei e acomodei-me com alguma dificuldade na carruagem porque a divisão do território já estava demarcada.
Aproximei-me do lugar onde achei que tinha mais espaço e pedi desculpa a uma senhora que ia a ler o jornal do metro por lhe ter tocado com a carteira e perturbado a leitura. Fiquei de costas para ela, por ser a forma mais confortável de viajar e no metro não se aplicarem algumas das regras de boa educação.
Duas estações depois ouço a voz da senhora atrás de mim e começou o diálogo:
- A sua carteira é muito perigosa - disse enquanto dobrava o jornal.
- Não é nada, não trago cá dentro nada que exploda. - Brinquei.
- Pois, mas é perigosa... vê-se que é de marca, vê-se que é belíssima, vê-se que tem muito bom gosto - olhava-me de alto a baixo - e como se destaca das outras pessoas é um alvo apetecível para quem anda por aí a roubar.
- Sim, mas ando muito de metro, esta carteira já fez muitas viagens e nunca aconteceu nada. Acho que sentiria se alguém tentasse enfiar a manápula lá dentro. - Respondi já meio enfadada e sem querer continuar o assunto.
- Pois, mas não pense que alguém a ajudaria se pedissse ajuda. Já me aconteceu e ninguém liga.
- Mas eu não sei se pediria ajuda ou se resolvia a coisa de outra forma - disse eu pensando logo que era a formiga rabiga que fura barrigas e olhando, enquanto falava, para um homem que ali estava ao lado, com um aspecto de assaltante à mão armada e que, se calhar, isto já era uma indirecta da senhora para me dizer que ele já me tinha limpo a carteira.
Entretanto chegámos ao meu destino, virei-me para a senhora e despedi-me com bom dia e ela respondeu-me dizendo bom dia e que também saía ali mas ia na outra direcção.
Andei uns passos e meti a mão na mala para sentir se estava lá tudo. Estava!
Coitado do senhor que não tinha limpo coisa nenhuma e foi mal julgado por mim e da senhora que não devia ter com quem falar há séculos.