<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8777530\x26blogName\x3dFormiga+Rabiga\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dSILVER\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://formiga-rabiga.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://formiga-rabiga.blogspot.com/\x26vt\x3d-2308481633797997746', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

quinta-feira, setembro 29, 2005

O Cavaleiro da Dinamarca

Há uns anos dei com os olhos na capa deste livro e senti um mau estar incompreensível. A sensação de estar sozinha numa enorme e densa floresta verde, vestida com roupas velhas e rasgadas, descalça, cheia de frio, rodeada de um nevoeiro baixo, chuva miudinha. Olhando para cima, lá muito no alto, por entre os pequenos pontos livres deixados pelos ramos das árvores, conseguia ver uns minúsculos raios de sol que entravam na floresta, mas tão ténues que não tinham capacidade para lhe dar luz ou aquecer. Uma angústia brutal que me atacou ao olhar a capa do livro! Pensei que não podia ser, nada escrito para crianças pela Sophia de Mello Breyner podia ser tão medonho.
Tinha-o lido com sete ou oito anos e não me lembrava de um único detalhe da história, contudo, tinha aquela horrível sensação, vinda do nada, que se repetia sempre que pensava no Cavaleiro da Dinamarca ou os meus olhos se cruzavam com aquela capa. Por um milhão de razões - entre as quais um certo desleixo - não o comprei naquele momento e passaram-se alguns anos. Ontem, decidi acabar com esta fantasia e comprei-o.
Agora vou ali para a cama matar este fantasma e depois, se valer a pena, conto como foi.