O raio dos genes
Há dias a minha mãe contou-me que a empregada lá de casa tinha feito um disparate qualquer. Não me lembro e nem importa para o caso o que aconteceu, mas fixei, e acho que nunca mais esquecerei, uma parte do diálogo que me relatou. Depois da asneira feita (uma de muitas) a empregada tentou justificar-se: eu pensei que a senhora... A minha mãe, desesperada com argumentos sem consistência, respondeu-lhe: pois é, pode ter pensado o que quer que fosse, mas antes de fazer asneira tinha de ter falado comigo. Não lhe pago para pensar, pago-lhe para trabalhar. Para pensar estou cá eu.
Na altura deu-me imensa vontade de rir mas confesso que fiquei um bocadinho chocada com a resposta. Compreendo-a, tendo em conta as pessoas em causa, mas acho que é coisa forte demais para se dizer.
Pois hoje apeteceu-me mesmo repetir a frase da progenitora e não fosse um terceiro qualquer a pagar ao meu interlocutor, tinha levado com ela, ai tinha, tinha!
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