Há pêras no Alentejo
A coisa não vai nada bem quando o nosso ministro da agricultura, que troca o "lhe" pelo "le" - género eu "dou-le", que coisa tão feia -, vem dizer que vai cá trazer a representante da Comissão para que ela veja (que falta de tudo referir-se à senhora desta forma) o efeito da seca no Alentejo. Vai mostrar-lhe e demonstar-lhe que o Alentejo é uma zona com imensa potencialidade para qualquer espécie de cultura de regadio, tanto mais que até por lá há um pomar de pêra rocha que é um exemplo de produtividade.
Mal vai o País nas mãos de quem não sabe falar e menos ainda o que diz. Avise-se o senhor ministro que o pomar de pêras no Alentejo deve ser lindo e viçoso mas que cada quilo por lá produzido deve custar o dobro do que custaria se a produção fosse incentivada na zona dela. Informe-se o senhor ministro que aquela terra é boa para madeira, girassol, sobreiro e outros géneros característicos da zona. Esclareça-se o senhor ministro que não deve lutar contra a natureza, mas antes colaborar com ela. Pede-se-lhe, exige-se-lhe, que não estrague mais Portugal nem o nosso português.
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