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quarta-feira, dezembro 29, 2004

Sono

Vem quando é inoportuno, falta quando devia vir. Vá-se lá entender estas coisas!
E para combater a insónia lêem-se blogs...
Quero adormecer já! Isto é uma ordem biológica.

sábado, dezembro 25, 2004

Este Natal...

eu e o espírito desencontrámo-nos!

sexta-feira, dezembro 24, 2004

Agora estou a ficar assustada...

O cabrito para ir buscar e temperar, os presentes todos para comprar, a casa para arrumar, malas para fazer, eu própria para arranjar...
Pelo meio tem de haver espaço para um momento de pausa no fim das compras, numa mesa de um café qualquer. O ano passado esse instante foi partilhado com uma pessoa de quem gosto muito e que encontrei ocasionalmente no piso de roupa masculina do Corte Inglês e foi mesmo ali, no pequeno bar desse piso, que tomámos um café. Ele fumou uma cigarrilha, eu um cigarro. Falámos da vida - da nossa e de outras - e nesse momento nenhum de nós sabia o que o ano de 2004 nos tinha reservado mas ele já adivinhava que não iria ser como desejava.

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Marlboro encarnado

Antes de vir para casa fui comprar cigarros. Todas as tabacarias das redondezas já tinham fechado e não havia outra solução senão a de recorrer a uma daquelas máquinas que nunca têm os "meus" cigarros. A opção foi Marlboro encarnado - que não sou nada dada a coisas lights, sejam elas quais forem porque ou bem que é ou então não vale a pena - e a surpresa foi terem-me calhado uns cigarros gigantes. Pensei: ai que bom, assim só com um cigarro fumo logo quase dois...
Enganei-me! O que é grande é o filtro e esse ainda não fumo.

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Telegrama para a Lapónia

Querido Pai Natal,
Esta é a primeira vez que lhe escrevo e mereço, por isso, o que lhe vou pedir: adie o Natal por uma semana. É apenas uma semaninha o que lhe peço e não quero mesmo mais nada. Não vale a pena fazer o Rudolfo carregar embrulhos que não sejam esses 7 dias que me fazem tanta falta.
A chaminé está limpinha e pode descarregá-los lá de cima todos de uma vez só.
Obrigada e muitos beijinhos.
Rabiga

Telefone(mas)

Agora, que já descansei do dia e das emoções que lhe vieram associar-se, é que me apetecia desatar a fazer telefonemas. Gostava de falar com os meus sobrinhos para lhes dizer que gosto tanto deles e ouvir de volta que eles gostam ainda mais de mim, com algumas amigas para saber como estão, desejar bom natal e ouvir falar sobre os desamores , com a minha mãe para pôr a conversa em dia e ouvi-la dizer-me que já devia ter comprado os presentes logo em Novembro, que agora tenho menos escolha e está tudo mais caro...
Deu-me para aqui, a desoras, que nem gosto de falar ao telefone em casa, que por sinal está desligado desde as 20 horas e que desde a mesma altura o telemóvel está sem som.

Janeiro 2005

A casa vai ficar mais habitada. Estou feliz por isso!

Amanhã e depois de amanhã

Dia 23 será o meu último dia de trabalho de 2004!
Continuo sem ter comprado um único presente de Natal. Definitivamente o dia 24 fica reservado para as compras. Não deve haver vivalma por aí a empatar-me porque duvido que alguém tenha deixado tudo tão para o fim como eu.
E se em vez de andar para aqui a escrever estas coisas que não interessam a ninguém - eu incluída - fosse arrastar-me para um shopping?! Nã...

Simpatias

A quantidade e qualidade dos presentes que pessoas simpáticas me entregam em jeito de agradecimento pelas boas relações profissionais que vamos mantendo suscita a (boa) inveja dos colegas de trabalho que quando vislumbram um laçarote começam logo a indicar a porta do meu gabinete: ora pois, para quem havia de ser... Sem grandes motivos vou recebendo postais com simpáticos desejos de boas festas que se fazem acompanhar de chocolates, presuntos, queijos, atlantis, vista alegre, perfumes, cabazes de natal - recheados de forma mais ou menos requintada -, agendas 2005, calendários e tudo mais que me traz a imaginação e as posses de quem se lembra de mim nesta altura do ano. Devo dizer que esta generosidade não tem nada a ver com "retribuição" de favores porque nem no meu trabalho há lugar a esse género de coisas nem a minha função se presta a qualquer espécie de tentativa de influências. Trata-se apenas de gratidão e generosidade, de atenções de gente reconhecida.

terça-feira, dezembro 21, 2004

Yule

E começo eu a "sonhar" com dias maiores, solarengos, primaveris. É este meu costume de viver fora do tempo!
No primeiro dia de Inverno já estou eu como se a Primavera não tardasse. Imagino que em pouco mais de dois meses hei-de dar uns mergulhos e estar mais feliz porque a temperatura e as flores me ajudam a andar contente.
Fui programada com um calendário ligeiramente diferente do comum e passado o natal antecipo o bom tempo.
Ontem e hoje pensei imenso que a partir de agora começam os dias a crescer, que aproveito melhor os fins de tarde sem vir a correr para casa refugiar-me no conforto que só aqui encontro nos dias mais escuros. Não posso deixar de me lembrar que temos tido um Outono lindíssimo, cheio de sol, com esplanadas óptimas e que ainda nos faltam as chuvas que se não vieram até agora terão de vir porque a natureza é assim e tem de se cumprir na época ou um bocadinho fora dela. Mas isso pouco importa porque em breve teremos bom tempo e isso é que me interessa e anima.
Este post é uma comemoração do solstíco de Inverno e uma homenagem antecipada à "senhora" que o sucede!

Espíritos

Depois de escrever o último post chego à rápida e fantástica conclusão que estou com mais espírito de passagem de ano do que de natal.
Não devia ser assim: cada coisa a seu tempo!
Tenho-me esforçado e recorrido a auxiliares mas nem o Scrooge do Dickens tem dado grande ajuda...

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Momentos

Há momentos tão especiais que a tentação de os partilhar é imensa. Mas o risco de não encontrar as palavras certas para os descrever é tão grande que o melhor mesmo é só sentir e esperar que nunca se apaguem da memória.
Tinha uma enorme vontade de falar sobre o meu fim-de-semana mas se o fizesse ficaria desiludida com o resultado porque afinal tudo se resume a uma viagem ao passado do sentir, a cumplicidades reencontradas numa envolvente glamourosa, que nem por isso deixou de ter um cenário quase banal.
Foi bom acordar hoje com a surpresa de ter na sala uma árvore de natal e depois decorá-la com aqueles laços encarnados que não quero que se desfaçam nunca e com as luzes que nos iluminam, ainda que sempre fiquem mais bonitas quando apagam e acendem!
Ainda não chegou cá a casa o espírito do natal e nem sequer os presentes que irei oferecer, que devem estar numa loja qualquer à espera que os vá escolher, mas chegou um outro espírito que espero que se hospede por cá eternamente.

quinta-feira, dezembro 16, 2004

Reflexão

Às vezes parece que os meus limites são postos à prova.
O drama é que embora os desconheça tenho certeza que existem.

terça-feira, dezembro 14, 2004

comments

Já comecei este post várias vezes e apaguei outras tantas. Dá-me para fazer uma introdução ao que vou dizer e afinal não é preciso introdução nenhuma porque é tão simples quanto isto: das coisas mais ridículas que tenho visto nos blogs são comentários dos autores aos próprios posts, assinados como se de outra pessoa se tratasse ou sob anonimato, mas que não deixam de denunciar a autoria pelo estilo ou pelos repetidos erros ortográficos. É, no mínimo, bizarro um erro que sistematicamente se lê nos posts e nos próprios comments, além do estilo único que caracteriza toda a escrita. Autor e comentador num só...
Para quê? Para fazer de conta que tem um blog participado e muito visitado?! E o que adianta se o resultado é o ridículo? Uma palhaçada de meter dó e que, se não fossem tão maus estes blogs de que falo, dava vontade de lá deixar um comentáriozinho para ajudar o ego e os alter-egos que por lá vagueiam.
Lembro-me de quando conheci alguns blogs lhes ter reconhecido excelente qualidade e perceber que tinham poucas visitas, pouquíssimos comentários ou mesmo nenhuns e que agora estão nos tops acima das 200 visitas diárias. Muitos deles continuam pouco comentados mas são muito visitados. Uma coisa não implica a outra e a fidelidade dos visitantes decorre da regularidade e da qualidade da escrita, dos assuntos abordados com seriedade ou humor mas nunca do faz-de-conta que vêm muitos aqui.

Presentes de Natal

Há três que me satisfazem completamente:
- um pijama (azul, se possível, não sei porquê mas é assim);
- um perfume (sem alternativa: comme des garçons 2);
- um que seja uma boa e absoluta surpresa.

Aos 5 anos o Pai Natal...

O que pediste este ano ao Pai Natal?
- Porque é que a tia me pergunta isso se eu sei que o Pai Natal não existe e que são os nossos amigos que nos compram os presentes?
- Não é bem assim...
- Sim, eu já sei o que a tia vai dizer. – A tia já me explicou que o Pai Natal existiu – chamava-se Nicolau – e era um senhor muito bom que oferecia presentes às pessoas que não tinham muito dinheiro e também me lembro da tia ter dito que ele era parecido com o Santo António e que só se veste assim porque um dia a fábrica que faz a Coca-Cola inventou aquele fato .... mas eu sei que ele agora já morreu e vivia num país cheio de neve, lá para cima, muito longe e por isso não era ele que vinha cá trazer os presentes mesmo quando ainda era vivo...
- Está bem, eu pergunto doutra maneira: o que é que gostavas de receber de presente de Natal?
- Eu gosto de tudo e também gosto de roupa e não quero escolher nada porque o que gosto mesmo é que seja surpresa. A tia percebeu o que eu quero dizer?

domingo, dezembro 12, 2004

Esta tarde lembrar de:

- ir ao cinema com os miúdos;
- começar a comprar os meus presentes;
- fazer a árvore de natal;
- passar a ferro;
- fazer a bainha das calças.
À noite lembrar de:
- dormir;
- dormir bem;
- dormir muito.

Xangai

Fiquei fachinada.
Quero lá ir depressa...

Café de São Bento

Há anos que não comia um bife no Café de São Bento nem as deliciosas torradinhas de pão integral. Tudo delicioso como sempre embora o meu conceito de mal passado não seja exactamente o mesmo do cozinheiro. Apenas este senão a registar, de resto continua a ser um dos meus locais favoritos para jantar e conversar. Tem um aconchego especial que potencia a intimidade e a descontração que nem a decadência causada pelos anos consegue deteriorar.
Já me tinha esquecido do quanto gosto de lá ir.
P.S.: - Além dos bifes também têm bacalhau à Gomes de Sá, não é? - Ó minha senhora, isso já acabou há uns dez anos...

sábado, dezembro 11, 2004

Convite inesperado

Toca o telefone a meio da tarde. Alguém com quem nunca falo aos fins-de-semana e que raramente liga:
- Olá, então onde anda?
- No Corte Inglês às compras...
- Vamos jantar? - impossível recusar.
- Boa! Vamos.
Pelo meio ainda houve tempo para um lanche na Mexicana, uma viagem de 250 km, uma hora de descanso e um banho revigorante.
Mais um a fugir à rotina e nem sei se muito oportuno com tanto que tenho para fazer mas lá vou eu!

Alegria inesperada

Há períodos em que a rotina se instala e os dias sucedem-se iguais: casa-trabalho-casa. De repente, sem motivo e de forma inesperada a agenda enche-se sem que sequer haja tempo de anotar os compromissos. Tem sido assim de há uns dias para cá! Sem deixar de cumprir aquela parte "casa-trabalho-casa", as noites têm-se prolongado em jantares, encontros simpáticos, corridas aos presentes de natal, mãe para a frente, mãe para trás... as horas do dia parecem não chegar para tanto afazer.
Alguns momentos não planeados acabam por ser surpreendentemente agradáveis. Sexta-feira, um jantar em casa de uma amiga, foi dos momentos mais divertidos dos últimos tempos. Sem exagero diria mesmo que foram as horas mais divertidas de 2004.
Tudo começou com um telefonema do Z.: - hoje o que me apetecia mesmo era ir jantar a casa da C.! - Então telefona-lhe e diz-lhe isso. Com ela não fazemos cerimónia.
Daí a minutos estava tudo combinado. Éramos dez adultos e algumas crianças.
Todos contribuíram para meia dúzia de frangos assados, batatas fritas de pacote, queijos deliciosos, pasta de fígado, um vinho tinto excelente, uma tarte de maçã comprada à pressa e uma boa disposição geral de fazer inveja e perturbar a vizinhança. Conversas cruzadas e atropeladas em que sexo e drogas pesadas - que as leves pareceiam não ter interesse nenhum - foram o tema principal, deram pano-para-mangas e sobras para o resto da fatiota. As gargalhadas foram tantas que meia hora depois, quando entrei em casa, ainda sorria que não havia meio de descontrair os músculos da cara.
Há destes momentos inesperados que tornam mais alegres os dias e mais fortes os laços. Afinal parece que não somos um grupo de amigos mas sim uma seita.

terça-feira, dezembro 07, 2004

Bom dia princesa!

É este o cumprimento que recebo quando chego ao trabalho. Nada de muito estranho, não fosse soado por uma voz feminina que há muito ultrapassou a combinação idade/anos de desconto para segurança social, devendo por isso estar em casa a receber a almejada reforma mas que, apesar de quase desprovida de estrogeneos, nunca perdeu os sintomas da menopausa e apenas se mantém no posto de trabalho para infernizar a vida alheia, alimento desta vampira que me trata por e como princesa.
Tal é a estranheza causada por tanta simpatia e aparente amizade que me tem, que suscita a surpresa e gozo dos colegas que trabalham comigo.
A agravar a coisa sou ainda alvo incondicional da admiração de dois velhotes reformados lá do sítio, visitas regulares do antigo emprego, e que sempre têm a especial atenção de fazer uma visita ao meu gabinete para dois dedos de conversa fiada, a que dou um troco de fazer inveja a qualquer político, não vá a minha indiferença provocar a revolta dos velhos, já que mesmo quem lhes dedica alguma afabilidade leva em reposta o desdém. Um deles, em vez do golf como seria mais próprio, tem por hobby espiolhar – com intenção de encontrar defeito e tanto procura que encontra – o trabalho de quem ali está todos os dias a puxar pela cabeça, aproveitando ainda para investigar a arrumação e organização das secretárias e mesas de apoio, suscitando assim ódios variados.
Porque será que desperto a simpatia destas pessoas de que quase ninguém gosta e que não gostam de quase ninguém? Será que se revêem em mim e um dia também eu vou ficar assim? Ai que medo me dá!

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Músicas de Natal

Há duas músicas que gosto particularmente de ouvir nesta altura e que me ajudam a fortificar o espírito de Natal. Não estou a falar do Jingle Bells, nem daquela do Coro de Santo Amaro de Oeiras que há anos animava, à exaustão, a Baixa na quadra natalícia - a todos um bom natal, a todos um bom natal, desejo um bom natal, para todos vós...
Gosto mesmo é destas duas:

I’m driving home for christmas
Oh, I can’t wait to see those faces
I’m driving home for christmas, yea
Well I’m moving down that line
And it’s been so long
But I will be there
I sing this song
To pass the time away
Driving in my car
Driving home for christmas
(...)
So I sing for you
Though you can’t hear me
When I get trough
And feel you near me
I am driving home for christmas
Driving home for christmas
With a thousand memories
(...)
Chris Rea
Last Christmas, I gave you my heart
But the very next day you gave it away
This year, to save me from tears
I'll give it to someone special
(...)
I wrapped it up and sent it
With a note saying "I love you", I meant it
Now I know what a fool I've been
But if you kissed me now,
I know you'd fool me again
(...)
George Michael and Wham

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Em português

Em Agosto alguém me disse que “não sei quê” se escrevia “não sei como”, porque já nada era como antes à conta do acordo ortográfico. E eu, que mal me lembro do que aprendi em português e já pouco sei das regras gramaticais, fiquei aterrada a pensar que andava a escrever mal – ou pior – de há uns tempos para cá, porque nem sabia que tinha sido implementado o acordo ortográfico e menos ainda, portanto, quais as alterações que tinha introduzido. Claro que não me conformei com a informação e respondi que não era nada assim, que o dito acordo ainda estava na gaveta e que nada tinha sido alterado na nossa linguinha tão difícil de falar e de escrever. Garantiu-me o interlocutor – homem da comunicação – que quem estava enganada era eu, que sim, já estava a vigorar a nova forma de escrever, e que até o dicionário do computador dele já corrigia os erros em conformidade com as novas regras. Pois o meu não sei, respondi eu, que as alterações que me lembro de ter ouvido falar eram que cágado passaria a escrever-se cagado e facto passaria a fato. E como qualquer uma destas quatro palavras existe com quatro significados diferentes o corrector do computador nunca as sublinhava a encarnado e aceitava tudo o que eu dizia.
Não me é possível até hoje saber se o acordo ortográfico já anda por aí e o que tenho escrito mal.
E depois pensei, “espera lá, é isso mesmo!” por isso é que se escreve “afim” em vez de “a fim” querendo significar a mesma coisa; por isso é que se escreve e diz “elencar” a torto e a direito que é verbo que nunca tinha existido; por isso é que se acentuam – com acento agudo, note-se – os advérbios de modo e por isso é que há tantas pessoas que escrevem coisas que não entendo quer pela forma quer pelo conteúdo. Afinal devo andar mesmo enganada com o português e as palavras que se dizem e escrevem já não são as mesmas.

Mariage frères

Não é incesto mas sim infusão, sugestão para uma lembrança de Natal:
"Un parfum d'aventure et de poésie s'evade à l'infini de chaque tasse de thé"
Henri Mariage
Delicioso este chá e nem é necessário ir a Paris para o comprar.

M politano

Impõe-se a adopção de uma medida de carácter urgente: a alteração do nome do transporte público subterrâneo de Lisboa para Milímetropolitano já que Metropolitano é publicidade enganosa.